O Pastel de Nata em Lisboa é como o macaron em Paris, simbolizando o mais refinado dos doces.
Em tempos, Portugal dominava o comércio do açúcar. Esta mercadoria preciosa servia para pagar à Igreja a benção dada a todas as caravelas que partiam para longas e perigosas travessias de mares e oceanos. Acrescente-se ainda a coleta dos impostos pagos igualmente em bens, o que resultava em caves bem recheadas de ovos, açúcar e farinha.
Se as claras serviam para engomar os hábitos eclesiásticos, as gemas serviriam para fins culinários. Os conventos e os mosteiros transformavam-se assim nos melhores laboratórios de excelência da doçaria conventual portuguesa. Em Lisboa, no Mosteiro dos Jerónimos, localizado na zona de Belém, surge uma pequena tarte com um recheio cremoso que rapidamente dá que falar. Um tal de Domingos Rafael Alves compra a preciosa receita em 1837 e começa a comercializar o delicioso pastel.
Quem visita o sumptuoso mosteiro e a sua Torre dos Descobrimentos, vê o rumo da sua peregrinação alterar-se naturalmente em direção à origem desta pequena tarte. Assim, nasce uma tradição!
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